Dienstag, 20. September 2011

Zierfisch-Exporteure klagen Belo Monte Betreiber

Besonders beliebt und gefährdet ist der Acarí zebra - bis zu 1.000 Dollar werden dafür bezahlt

Sechsundzwanzig Exportunternehmen von Zierfischen mit Sitz in Altamira reichten gegen Norte Energia S.A., Betreiberkonsortium für den Bau von Belo Monte, eine Klage ein. Darin wird eine sofortige Einstellung der Arbeiten am Bau des Dammes gefordert, solange keine detaillierten Studien über Auswirkungen und Zerstörungen - und damit zusammenhängend über die Entschädigungszahlungen - gemacht werden, die die Fischerei-Industrie am Xingu zu erwarten hat. Der Sektor spricht von einem weltweiten jährlichen Umsatz in der Höhe von mehr als R$ 15 Mrd.

Die Klage wurde vom Verbandes der Züchter und Exporteure von Zierfischen in Altamira (Acepoat) eingereicht und hat den Titel 'Klage wegen  Unterlassung von Untersuchungen mit der Forderung einer einstweiligen Verfügung". Seitens des Verbandes bestehen ernsthafte Zweifel an einer Fortsetzung iher kommerziellen Aktivitäten, die in erster Linie auf den Export ausgerichtet ist. Es handelt sich hier um einzigartige Zierfische im Xingu-Fluss zwischen Altamira und Vitóra do Xingu, die durch den Bau des Staudammes aussterben werden.

Diário do Pará, 18/09/2011
Pesca ornamental pode ser extinta no Rio Xingu
Vinte e seis empresas exportadoras de peixes ornamentais com sede no município de Altamira entraram com uma ação cautelar contra o consórcio Norte Energia, responsável pela implantação da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. A ação visa impedir a continuidade dos trabalhos para a construção da hidrelétrica, enquanto não for feito um estudo aprofundado das perdas - e consequente reparação - sofridas por esse setor pesqueiro, que no mundo todo movimenta anualmente mais de 15 bilhões de dólares.
A ação foi impetrada em nome da Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais de Altamira (Acepoat). Chamada de ‘ação cautelar de produção de prova antecipada com pedido de liminar’, a iniciativa judicial partiu da constatação de que há dúvidas sérias a respeito da sobrevivência desse tipo de atividade comercial, voltada primordialmente para a exportação. Isso porque a atividade desenvolvida pelas empresas é exercida somente no rio Xingu.
“A prática dessa atividade de pesca ornamental no rio Xingu é exclusiva nesse trecho do rio, devido às condições de fauna, flora e espécies de peixes existentes no médio Xingu”, diz o advogado Gabriel Granado, que representa a associação.
“No rio Xingu não existe outro local de pesca ornamental, seja no estado do Pará, seja no estado do Mato Grosso. Trata-se de uma pesca muito específica, seletiva e realizada com técnicas de predação pouco conhecidas cientificamente, mas existentes em algumas localidades, levada a cabo por produtores autônomos, empregando força familiar ou do grupo de vizinhança e cuja produção destina-se, principalmente, ao mercado internacional”, explicou Granado no texto da ação.