Dienstag, 10. September 2013

Staatsanwaltschaft beklagt fehlende Umweltauflagen zum Schutz der Xikrin-Indios

Xikrin-Indios fordern ihre Rechte ein
Die Staatsanwaltschaft erhebt Anklage gegen das Betreiberkonsortium Norte Energia, das Umweltinstitut Ibama und die Nationale Entwicklungsbank BNDES wegen Nichteinhaltung der Umweltauflagen beim Kraftwerksbau Belo Monte. Die Studien der Auswirkungen des Kraftwerks für die Xikrin-Indios seien erst ein Jahr nach Baubeginn erfolgt und würden keine wirklichen Aussagen machen, kritisiert die Staatsanwaltschaft.
Die Xikrin-Indios leben am Rio Bacajá, einem Nebenfluss des Xingu. Er mündet an der großen Schleife in den Xingu, wo die Wassermenge um 80 % reduziert ist, was sich auf die Schiffbarkeit des Xingu auswirkt. In den Umweltstudien wird darauf nicht eingegangen, weshalb neue verlangt werden.


MPF, 09/09/2013
MPF processa Norte Energia, Ibama e BNDES por falta de compensação aos índios Xikrin, atingidos por Belo Monte

Previstos como obrigatórios, os estudos sobre impactos no rio Bacajá só foram concluídos um ano depois de iniciada a obra. E não detalham nenhum impacto. MPF quer novos estudos

O Ministério Público Federal iniciou mais uma ação judicial contra irregularidades no projeto da hidrelétrica de Belo Monte no Pará. Dessa vez, os índios Xikrin, moradores do rio Bacajá, tiveram seus direitos violados pela Norte Energia, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que iniciaram a obra sem medir os impactos que terá sobre eles. O Bacajá deságua no Xingu exatamente no trecho do rio que vai perder 80% da vazão, a Volta Grande do Xingu. Mas até agora, mesmo com previsão no licenciamento da obra, não foram esclarecidos os impactos sobre o ecossistema nem garantidas compensações aos índios.



Diário Liberdade, 13/12/2011
Índios Xikrin enviam carta de apoio à atuação do MPF no caso Belo Monte

Os índios Xikrin do Bakajá enviaram ao Ministério Público Federal em Altamira uma carta em que apóiam a atuação do MPF no caso de Belo Monte e relatam as reuniões que tiveram em outubro com o procurador da República Felício Pontes Jr para tratar dos impactos da usina sobre o rio Bacajá, onde eles vivem.

“Os anciãos, as mulheres e os jovens das aldeias vivem preocupados com o futuro da comunidade e do nosso rio Bacajá, por causa de Belo Monte. Muitas equipes da Eletronorte, Funai e Norte Energia visitaram as aldeias, fazendo muitas promessas, dizendo que a gente vai ter emprego, que vai ter melhorias para a comunidade. Mas ninguém esclarecia sobre a barragem e seus impactos. Até hoje os estudos sobre o que vai acontecer estão em andamento. Belo Monte esta sendo construída, a gente ainda não sabe o que vai acontecer com a nossa vida e em nosso rio e nenhuma daquelas promessas foram cumpridas”, diz a carta, assinada pelas lideranças da Associação Beby Xikrin.